sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

o que você FAZ com aquilo que fica SABENDO???…


dizimo01
“(…) Sua visão do mundo determina tudo em sua vida, ela determina as suas decisões, determina seus relacionamentos, determina seu nível de confiança, ela realmente determina tudo em sua vida(….) Então todo esse dinheiro que começou a entrar e toda essa fama começou a chegar, eu pensei, o que eu faço com isso? Minha esposa e eu tomamos 5 decisões sobre o que fazer com o dinheiro: primeiro, nós não vamos gastá-lo conosco(….) A segunda decisão foi: eu parei de receber o salário da igreja onde sou pastor. A terceira foi: eu somei tudo o que igreja me havia pago nos últimos 25 anos e devolvi a ela. Eu devolvi porque eu não queria que ninguém pensasse que faço o que faço por dinheiro – eu não faço. (…) Acreditem em mim, existem meios mais fáceis de ganhar dinheiro(….) vocês sabem, o teste da sua visão do mundo não é como se age em momentos bons, o teste é como você age no funeral.
Então nós doamos tudo e depois criamos 3 fundações trabalhando em alguns dos problemas principais do mundo(…) e a última coisa que fizemos foi nos tornamos o que eu chamo de “dizimistas ao reverso”(… ) Este [o dizimo] é um ato bíblico que fala para darmos 10% do que recebemos para a caridade, doar para ajudar outras pessoas. Portanto nós começamos a fazer isso, e a cada ano nós aumentávamos o nosso dízimo 1%(….) Por que fiz isso? Porque isso quebra a força do materialismo em minha vida(…) O propósito na vida não vem do status, porque você sempre vai encontrar alguém que tem mais que você. Não vem do sexo. Não vem do salário. Vem de servir. É doando nossas vidas que encontramos sentido, encontramos significado. Foi desta forma que fomos programados, eu acredito, por Deus. E assim nós começamos a doar, e agora após 30 anos, minha esposa e eu, somos dizimistas ao reverso, nós entregamos 90% e vivemos com 10% (…)”
Estas palavras são do Pastor Rick Warren, um dos cristãos mais influentes do mundo, autor do livro “Uma Vida com Propósito” que já vendeu mais de 30 milhões de cópias no mundo todo. Ele ensina quefazer o bem é a única forma que os humanos têm para criarem SIGNIFICADO em suas vidas. Sua voz tornou-se imensamente influente e procura aplicar os valores de sua fé em questões como a pobreza global, HIV/AIDS e da injustiça. Além disso, dá um show quando o assunto é contribuição, dízimo, colaboração ou se preferirem podemos chamar de ‘mensalidade’ às instituições religiosas. As Casas Santas que trabalham de forma caritativa como fazem a maioria dos terreiros.
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“(…)As pessoas vivem baseadas na síndrome do “de repente”, mas ela existe? Existe a pessoa que perde o emprego de repente? Existe o começar uma crise econômica de repente? Um relacionamento acaba de repente? NÃO, TUDO É UM PROCESSO.
Tudo é um processo, tudo é um caminho onde Deus é o Criador, onde nós não somos donos de nada, somos apenas administradores. Se não administramos bem o que temos, a “Luz” tira de nós até aprendermos a administrar, a compartilhar. Ficamos debilitados.
“Sou apenas gerente de minha vida”, deve-se pensar nisso antes de qualquer atitude, de qualquer fala. Deve-se usar melhor tudo que a gente recebe, pensar ‘para que’ ou ‘porque’ tenho isso? Qual o propósito disso???
Receber uma benção significa crescer e a ferramenta que permite “o receber” é o dízimo.
Dízimo parece sombroso, mas a kabbalah – sabedoria milenar que revela como o Universo e a vida funcionam – enxerga o dízimo como uma ferramenta para ajudar nossa transformação, nossa mudança de hábito, nosso crescimento. O dízimo ajuda a gente receber cada vez mais.
A ideia do dizimo é dar 10 % daquilo que você recebe do Criador, 10%  porque a árvore da vida tem dez níveis diferentes de energia: nove são níveis espirituais e um é o mundo físico, mundo da transformação que corresponde a 10 % de um todo. Assim, o dízimo tem a haver com o mundo físico, o momento que nos desconectamos da materialidade, automaticamente nos conectamos com o espiritual e este é um plano muito maior que comporta os 90%.
Segredo: dar 10 % é no início totalmente desconfortável para todos porque está relacionado com a energia física do “sair”, consequentemente “sair da zona de conforto”, porém as bênçãos são nítidas. É crer para ver. Aliás, normalmente esperamos ver para crer, mas a kabbalah fala que precisamos crer para ver e afirma: não se recebe ninguém em casa com as portas trancadas, Dar é Receber.
O ensinamento cabalístico explica que somos como copos cheios de Luz – a Luz é uma força infinita que não para de compartilhar, não para de dar – se não esvaziarmos um pouco do copo a Luz transbordará. A Luz não chegará até nós.
Já em alguns momentos, somos levados a perder alguma coisa para receber outra quando o mais simples e perfeito seria compartilhar, dar voluntariamente para receber em perfeição.
É necessário haver um fluxo: compartilhar e receber – quanto mais compartilho mais recebo. Assim funciona o mundo, é necessário tirar a energia parada. Receber sem dar não existe, transborda.
A kabbalah afirma que Dar é igual a Receber, quando compartilhamos 10% daquilo que recebemos do Criador acontece algo mágico no plano espiritual.”
Estes trechos são da palestra sobre abundância que participei no Kabballah Centre, nível 2. Pontual, claro e indiscutível: Receber uma benção, significa crescer e a ferramenta que permite “o receber” é o dízimo, é dar 10% como fluxo natural de esvaziamento do copo na certeza NATURAL de receber o novo.

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“Essa lei de salva é tão antiga quanto o uso da magia. Existe desde que a humanidade nasceu. Os magos do passado jamais se descuidavam de sua regra, ou seja, da lei de compensação que rege toda e qualquer operação mágica, quer seja para empreendimentos de ordem material, quer implique em benefícios humanos de qualquer natureza, especialmente nos casos que são classificados na Umbanda como demandas, descargas, desmanchos etc.
Dessa lei de salva, ou regra de compensação sobre os trabalhos mágicos, nos dão notícia certos ensinamentos esotéricos com a denominação de lei de Amsra(…) Nenhum magista pode executar uma operação mágica tão somente com o pensamento e “mãos vazias” – isto é, sem os elementos materiais indispensáveis e adequados aos fins(…) Essa história de pura magia mental é conversa para entreter mentalidades infantis ou não experimentadas nesse mister. Qualquer ato ou ação de magia propriamente dita requer os materiais adequados, sejam eles grosseiros ou não. Vão dos vegetais às flores, aos perfumes, aos incensos, às plantas aromáticas, às águas dessa ou daquela procedência até ao sangue do galo ou bode preto. A questão é definir o lado: – ou é esquerda, ou é direita, negra ou branca. Ora, como toda ação mágica traz sua reação, um desgaste, uma obrigação ou uma responsabilidade e uma consequência imprevisível (em face do jogo das forças movimentadas) é imprescindível que o médium-magista esteja coberto ou que lhe seja fornecida a necessária cobertura material ou financeira a fim de poder enfrentar a qualquer instante essas possíveis condições(… )Então é forçoso que tenha uma compensação.
Aí é que entra a chamada lei de salva, ou simplesmente SALVA(…) Mesmo porque, todo aquele que, dentro da manipulação das forças mágicas ou da magia, dá, dá e dá sem receber nada, tende fatalmente a sofrer um desgaste, pela natural reação de uma lei oculta que podemos chamar de vampirização fluídica astral, que acaba por lhe enfraquecer as forças ou as energias psíquicas… E naturalmente o leitor, se é médium iniciado na Umbanda, nessa altura deve estar interessadíssimo em saber como será essa compensação. Claro, vamos dizer como é a regra, para que você possa extrair dela o que seu senso de honestidade ditar: DE QUEM TEM, PEÇA TRÊS, TIRE DOIS E DÊ UM A QUEM NÃO TEM; E DE QUEM NÃO TEM, NADA PEÇA E DÊ ATÉ SEU PRÓPRIO VINTÉM. (…) É claro que essa lei de salva ou de compensação, própria e de uso exclusivo em determinados trabalhos de magia, não pode ser aplicada em todos os “trabalhinhos” corriqueiros que se pretenda ser de ordem mágica.”
Acima transcrevi trechos do livro “Umbanda e o Poder da Mediunidade” (1987 – 3a. edição – Livraria Freitas Bastos) do Mestre Yapacani – W. W. da Matta e Silva – sobre a Lei de Salva. Lei que traz diversas reflexões, colocações e contestações no meio umbandista, mas que, a meu ver, merece ser lida e relida palavra por palavra com muita atenção e inteligência, merece ser pensada e repensada com nenhum juízo de valores, sem reducionismo e com muita atenção às Leis Cósmicas e Divinas como a Lei de Ação e Reação, Afinidade, Atração e a Lei do Merecimento.
Para ajudar um pouco mais, leiam o depoimento abaixo, mas leiam também despidos de qualquer enrijecimento conceitual ou construção sem embasamento:
“Há muitos anos, quando penetrava nos Véus da Umbanda, fui procurado por um grupo de Umbandistas na cidade em que residia para dar uma palestra para o grupo. Como batalhador pela elucidação, realizei a palestra. Passadas duas semanas, fui procurado por parte dos integrantes daquele grupo, que concluíram que não estavam praticando Umbanda e sim, algo confuso com diversos caminhos. Após as ponderações, concluíram que o mais adequado era encerrar as atividades. E, precisavam de uma ajuda para tal feito. Disse-lhes na oportunidade, que nunca tinha tido aquela experiência e precisaria consultar o meu Mestre na oportunidade para receber uma orientação adequada, que infelizmente foi por telefone. Este, foi categórico: manda tirar tudo, enterra no mato e defuma bastante o pessoal, que estarei orando por você aqui! Na sequência, perguntei se deveria pedir alguma coisa ou fazer algo extra, pois apesar de não saber com profundidade, meus Mentores ficaram deveras preocupados. “Não, faça apenas o que disse”. Chamei o grupo de volta à minha residência para concluir e agendar o feito. Dia tal, peguem “as coisas” e vamos para a floresta. Vou pedir autorização ao órgão ambiental etc. Quando acabei de falar, um dos integrantes do grupo perguntou-me quanto custaria, qual seria a Salva, pois o grupo estava consciente da responsabilidade que fora depositada nas minhas costas. Com aquele ar de que estava ciente da dimensão, parei por alguns instantes, com aquele ar pensativo e disse de boca cheia: “uma vela de sete dias, sete charutos, sete caixas de fósforos e um marafo”. Quando acabei de falar, ficaram me olhando com aquela expressão de que estavam aguardando o grande valor. Um deles perguntou: o que mais? Fui lacônico, nada! Neste instante, comentaram que a cada trabalho com os médiuns da casa, o mais barato tinha sido uma máquina de lavar roupas. Bem, eu só queria aquilo. No mínimo, deviam estar pensando que eu era o cara, isso, aquele com o maior poder do mundo. Na data aprazada, chegaram os dez carros abarrotados com “as coisas” e fomos à floresta. Lá chegando, orientei que cavassem um buraco, quebrassem e enterrassem tudo. Intuído, preparei uma oferenda na mata, com muitas flores e frutos, no sentido de agradecer a permissão por lá deixar as “coisas”. E não eram poucas… Inclusive, a contragosto, alguns médiuns ficaram inconformados em enterrar o ouro e prata que faziam parte das “coisas”. Bom, terminado o trabalho, com sinais positivos da natureza (só quem estava pode registrar o que aconteceu), fomos embora. Chegando em casa com a Salva que pedi, assentei e… bom, os oito anos seguintes foram o terror e até hoje me recupero… Mais tarde, quando fui ao encontro daquele que era o meu mestre na ocasião, fui chorar as mágoas, pois eu estava “mais por baixo que sovaco de cobra”. A coisa estava pegando. Aí, ele me perguntou: “e aí, quanto você pediu para fazer o serviço?” Ora, respondi eu, uma vela de sete dias, sete charutos, sete caixas de fósforos e um marafo. Ele bradou… “Só isso, você tinha que pedir X, pois o entrechoque vai ser muito violento”. Pensei: É, né…
Em função desta triste experiência, comecei a analisar a Lei de Salva e conclui, que pode e deve ser aplicada em alguns casos. Como a Salva vai além de um mimo, na Umbanda esta questão veio mais presente na Raiz Africana, quando Salva não é para remunerar o Espírito, óbvio, a Salva existia e existe para remunerar um serviço, pois o realizador será “cobrado” de várias formas por parte dos descontentes, deste e de outros planos.”       Por Thashamara – um Iniciado da Umbanda do Cruzeiro do Sul
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Nesse contexto vale saber a definição de dízimo para o padre Rafael Bluteau, – autor do “Vocabulário Português e Latino” considerado o primeiro grande dicionário de nossa língua (século XVIII) – em que mistura definição objetiva e justificação moral:
A décima parte, que é paga às Igrejas, párocos delas, e pessoas eclesiásticas para sua (…) sustentação; que assim como estes sustentam aos fiéis com o pasto espiritual da doutrina e sacramentos, assim é razão, que os fiéis sustentem aos tais ministros com a décima parte dos frutos que colhem.
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Há ainda a ética, ou a ideologia, ou a filosofia africana UBUNTU, aquela que, numa tentativa de tradução pode ser interpretada como: “a crença no compartilhamento que conecta toda a humanidade” e ainda “Sou o que sou pelo que nós somos”. Afirma o Arcebispo Desmond Tutu – arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984; Prêmio Albert Schweitzer em 1986; Prêmio Gandhi da Paz em 2005 e Medalha Presidencial da Liberdade em 2009.
Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.
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Enfim, …
Para esclarecimento:
Deixando bem claro:
… não estou, com esses textos e com minhas palavras ditando regras, dizendo o que é certo, levantando uma bandeira. Estou compartilhando expressões, afirmativas, conhecimentos e experiências para que reflitamos melhor e assim, tomemos decisões mais sábias e mais acertadas com nossos propósitos.
Particularmente, além de levar em conta todos esses ensinamentos adquiridos (pontuo a existência de pessoas que sugam saberes, mas nada fazem com eles) também comungo com:
“na dúvida, prefira pagar a mais, prefira pagar o dobro” (lição que aprendi e exercito com Exu)
“quem deve paga, quem MERECE RECEBE” (verdade que aprendi na Umbanda)
“é dividindo que se multiplica” (conta que aprendi com minha mãe carnal)
“é dando que se recebe “(convicção que também aprendi ao rezar e ao conhecer um pouco sobre a vida e obra de São Francisco de Assis).
Assim, relembrando a afirmativa do último post “ainda dá tempo”, qual é mesmo seu propósito de vida? Qual é sua verdade? Filosofia? Ética???
O que você quer?  No que você acredita? Como você compartilha aquilo que recebe do Criador? Aliás, você compartilha???
Você tem coragem para sair de sua área de conforto?
Você realmente quer um 2014 diferente? Uma vida transformada??? Você realmente está disposto a usar a ferramenta certa que capacita o “receber”?
É hora de avaliar: como está seu copo???

Por Mãe Mônica Caraccio

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